Rubem Braga: um dos maiores cronistas brasileiros

Considerado um dos melhores cronistas do Brasil Rubem Braga, nasceu em Cachoeira do Itapemirim, ES, em 12 de janeiro de 1913. Destaca-se dos demais cronistas por dedicar-se apenas as crônicas.

Suas crônicas eram predominantemente poéticas e líricas flagrando aspectos sentimentais, nostálgicos ou das coisas simples do cotidiano urbano, em especial do Rio de Janeiro. Sensualidade, ternura, anarquismo, tédio e humor também era característica comum nos seus escritos, Braga tirava poesia de ações cotidianas. A sua visão irônica da vida fazia do seu estilo único. Geralmente suas crônicas contavam com frases curtas, mas sem que isso significasse possíveis curvas e enlaces de períodos mais longos. Seu narrador aparecia em primeira pessoa, mas raramente se encontrava no centro da narrativa. Na introdução do livro Melhores Contos de Rubem Braga, Davi Arrigucci Jr, dá sua opinião a respeito da linha de Braga:

“Disfarçava a arte da escrita numa prosa divagadora de quem conversa sem rumo certo, distraído com o balanço da rede, passando o tempo, mais para se livrar do ócio e do tédio, sem se preocupar com o jeito de falar. E, no entanto, uma prosa cheia de achados de linguagem, conseguida a custo, pelejando-se com as palavras: um vocabulário escolhido a dedo para o lugar exato; (...)”

Algumas de suas crônicas:

• Tuim criado no dedo
• O jovem casal
• Negócio de menino
• Coração de mãe
• A partilha
• Praga de menino
• Um braço de mulher
• Lembrança de Zig
• Os amantes
• O cajueiro
• Madrugada
• História de pescaria
• As luvas