sábado, 2 de julho de 2011

O erudito com um som popular


Com a reabertura do estúdio de áudio da AESO os professores contam com uma boa opção para suas aulas práticas. Aproveitando essa estrutura o professor Cláudio Moura, que ensina a disciplina de Praticas de Produção Fonográfica, trouxe na última sexta-feira, 20, o Octeto Brasilis para gravar no estúdio. Grupo formado por alunos e professores do Conservatório Pernambucano de Música – CPM, que tocam clarinete, fagote, oboé, clarone, trompa e flauta. A ideia de Cláudio foi trazer instrumentos não usuais, para aplicar as técnicas de microfonação, aprendidas pelos alunos do curso de Produção Fonográfica da instituição.

O Octeto Brasilis existe a pouco mais de um ano. E segundo Cláudio o grupo musicalmente já está pronto.  O trabalho deles é contrastante, formado por músicos que tocam instrumentos eruditos, mas com um repertório popular, com destaque para música nordestina.  Maracatu, frevo, choro e baião são alguns dos ritmos tocados pelo Octeto. Daí o nome do grupo Octeto Brasilis, onde o Brasilis significa a pluralidade musical do país e do Octeto.

A formação é de amigos e ex-alunos de Carlos Antônio, líder do octeto, que resolveram se juntar para dar uma nova cara à música erudita. Na flauta Karen Dantas e Ecenilson Dias, clarinete Carlos Antônio e Gabriela, Oboé Maria Santos; fagote Marcílio; trompa Edson Pedro e clarone Edileusa Tavares.
Com um projeto de gravar um CD pré-selecionado pelo Funcultura, ‘“Octeto Brasilis” e o segredo da música de Dimas Gonzagão’. O Octeto pretende fazer uma formação erudita com o acréscimo da percussão. Carlos fala que ainda não existe repertório para esta formação. E que o objetivo principal deles é a qualidade sonora, alcançada através da pesquisa.

A economia pernambucana é impulsionada pelo comércio


O desenvolvimento em Pernambuco passa pelo reconhecimento de todas as suas áreas de influência

A inflação em baixa e controlada, o crescimento do PIB, as políticas de crescimento do salário mínimo e políticas compensatórias de renda, vem consolidando a economia brasileira. Isto vem dando um maior poder de compra aos grupos de baixa renda e impulsionando o comércio.
E em entrevista ao ASPAS, Urbano Cabral, Coordenador do Centro de Pesquisa (Cepesq) da Fecomércio-PE, falou sobre como anda o comércio Pernambucano. Urbano Cabral é economista e aluno do PADR/UFRPE/Programa de Pós-graduação em Administração e Desenvolvimento Rural.

Aspas – Como vem se desenvolvendo o comércio pernambucano?
Urbano Cabral – O comércio varejista da Região Metropolitana do Recife vem se comportando bem, a partir do ano de 2004 experimentando uma longa trajetória de crescimento, com uma perspectiva de alta de mais de 10%.

A - O comércio pernambucano tem empregado quantas pessoas nos últimos anos?
U.C – Segundo estudos do SEBRAE de 2006, o comércio no Nordeste corresponde a 33,51% dos empregos formais, o que corresponde a 338.428 vagas ocupadas. Já em Pernambuco o total de empregados nas pequenas empresas é 197.128, dos quais 67.639 do comércio 34,31% do total.
A - Quanto do PIB pernambucano corresponde ao comércio?
U.C – De acordo com os dados do Condepe/Fidem para 2002 e 2007 do total das atividades econômicas de Pernambuco o comércio corresponde por quase 15% do total gerado.
A - Que área do comércio local tem maior desenvolvimento?
U.C – O desenvolvimento do estado de Pernambuco passa pelo reconhecimento de todas as suas áreas de influência como, por exemplo, na RMR com o pólo de serviços (médico, gastronômico, educacional, turismo), o Porto de Suape, o Gesso do Araripe, as Confecções do pólo de Caruaru, as Frutas da Região de Petrolina etc. Mas nos últimos anos o motor do comércio de Pernambuco tem se voltado para as potencialidades do Porto de Suape que tem dinamizado a indústria naval brasileira e liderado recordes de contratação de pessoal e de construções.
A - Existe mão-de-obra qualificada para acompanhar o crescimento do comércio?
U.C – O Brasil atualmente está tendo um crescimento expressivo do produto, da renda e do comércio. Com a dinamização da demanda interna e principalmente com a demanda dos projetos de infra-estrutura e a instalação de novas empresas aumenta a procura por mão de obra técnica qualificada. E como não existe no mercado pessoal qualificado na velocidade que as oportunidades vão surgindo às empresas acabam perdendo competitividade, e isso acontece tanto no Brasil quanto em Pernambuco.
A - Qual a importância das pequenas e micro empresas para o desenvolvimento do comércio Pernambucano?
U.C – As micro e pequenas empresas são importantes por empregarem muita mão de obra, além de constituir a maior parte dos estabelecimentos. No Brasil o comércio corresponde a 98% dos estabelecimentos de micro e pequenas empresas, segundo estudo do Sebrae Nacional e o DIEESE, o que comprova a dimensão e importância das micro e pequenas empresas.
A - O que tem sido feito para que as micros e pequenas empresas acompanhem o crescimento do comércio pernambucano?
U.C – Os resultados das pesquisas têm sido um valioso instrumento para que as empresas acompanhem o crescimento do comércio podendo servir de parâmetro para o comportamento individual. As empresas, ao se compararem com o resultado do índice global, podem fazer uma avaliação crítica dos seus resultados tendo por base uma informação estatística de uma amostra significativa de empresas.