segunda-feira, 20 de junho de 2011

Novamente, só o futebol




Aquele não era seu time do coração, verdade, mas era o Mengão. E de quebra era um jogo contra o Corinthians. Dois grandes times. E como boa turista ela não podia deixar de assistir a uma partida do time com a maior torcida do país. Aqueles 20 dias que passaria na cidade tinham que ser aproveitados ao máximo. Aproveitar tudo era coisa comum na vida dela. Ela é intensa.
Chegou ao Engenhão pensando no que havia feito na noite anterior, mas quando a partida começou naquela tarde de domingo seus pensamentos cessaram. Só o futebol tinha esse dom. E naqueles 90 minutos só teria a atenção dela o que acontecesse no jogo. Ele foi deixado de lado. E o que eles haviam feito e conversado também.
A imprensa estava todo alvorossada para acompanhar Petković. Que em suas duas passagens pelo Flamengo fez um bom trabalho. O “Pet” deixará saudades. Ela se arrepiou toda quando viu a homenagem que a torcida fez para ele. A torcida havia se transformado em um mosaico nas cores da bandeira Sérvia com nome daquele que estava se despedindo escrito, logo depois o mosaico ganhou as cores rubro-negras. De onde ela vinha as pessoas também amavam o futebol, mas ali tudo era mais grandioso.
Emoções à parte era a hora da bola rolar. Petković queria era os três pontos que a vitória daria ao Mengão e ela também. O jogo começou com grande movimentação, fazendo jus a uma partida entre os dois grandes clubes do país. Ela estava bem intertida com o espetáculo. Por estar torcendo pelo Mengão se preocupou com o Timão, que estava oferecendo mais perigo.  O goleiro rubro-negro teve trabalho já no primeiro minuto e Jorge Henrique chutou para gol, mas a bola atingiu a rede pelo lado de fora. Petković fez um bom trabalho se movimentou bem e fez belas jogadas.
Para ela o jogo estava esfriando, mas não esfriou de vez. Aos 18 minutos Weldinho marcou para o Corinthians. 1x0. O gol foi resultado de uma bela jogada pela direita, passando por Egídio, cruzando rasteiro. O gol serviu para deixar a torcida rubro-negra impaciente. E o time não queria deixar seus torcedores enfurecidos. Naquela tarde havia 37.010 pagantes no Engenhão, grande parte estava ali pelo Mengão. E o gol rubro-negro chegou ainda no primeiro tempo. Renato cobrou uma falta à La Petković e empatou o jogo aos 30 minutos. 1x1.
O intervalo do jogo foi a hora da festa de Petković. Abraçado pelos companheiros de time deu sua última volta olímpica vestindo a camisa do Mengão. Ele ainda recebeu uma placa da presidente do clube, Patrícia Amorim. Isto tudo acompanhado por um corão, que era a torcida a gritar seu nome.
No segundo tempo Pet foi substituído por Negueba. E este substituiu a altura o sérvio.  Cabeceou bem, após uma cobrança de escanteio, mas Júlio César defendeu. O jogo estava “massa” para ela, mas ao poucos ia perdendo a graça, o ritmo da partinda ia diminuindo. O outro grande nome do Mengão, Ronaldinho Gaucho, ainda chutou a gol, mas só acertou a trave. Frustração para ela. Ainda não foi dessa vez que ela consegiu ver um gol daquele que era um de seus jogadores preferidos.
Acaba o jogo e ela agora pode voltar aos seus pensamentos e esperar pelo futuro. Os dois times jogaram bem, e no fundo ela sabia que o empate era justo para os dois lados, mas ela não era dessas de acreditar em justiça. Ela queria era ver a vitória, ao vivo, do Mengão.