segunda-feira, 31 de maio de 2010

A arte de chocar de Artur Zmijewski



O Política da Arte é um projeto da Fundação Joaquim Nabuco, criado em 2009, visa mostrar o poder que a arte tem de se expressar politicamente. A bola da vez é do polonês Artur Zmijewsk, que esta expondo até o dia 04/06, na galeria Vicente do Rego Maciel, na Fundaj. A mostra conta com três vídeos, neles são mostrados problemas políticos do seu país. E em sua arte ele busca dar uma visão realista do problema.
 

Assim que entrei na galeria me deparei com a luz baixa e em um telão nele, pessoas nuas correm de um lado para outro se batendo, este é o The game of tag, em bom português 'jogo de pegar'. A principio pensei tratar de um vídeo pornô sem lógica. Qual o intuito de homens e mulheres, longe dos padrões de beleza, se estapiando nus? Mas, ao final do vídeo a legenda revela tudo. As imagens foram gravadas em duas locações e estas me fez mudar de ideia. Foram gravadas em uma câmara de gás e um porão abandonado. E os nus engraçados de antes agora representam o sofrimento daqueles de estiveram no holocausto.
  Cena de "The game of tag"
Ao virar a esquerda vejo uma TV e a sua frente duas cadeiras iluminadas por lâmpadas, os fones de ouvido para ouvir o áudio do vídeo estão em cima da cadeira. Então sento, coloco os fones e a principio nada demais, apenas Zmijewsk entrevistando um dos sobreviventes dos campos de concentração da 2º Grande Guerra Mundial, coisa comum. Mas esta minha ideia não dura muito tempo, quando o artista persuadi o velho de guerra a renovar seu número de identificação na prisão. Ele exita, diz que não ficará feliz, mas Zmijewsk insiste. Estou assistindo o 80064, mesmo número de inscrição do idoso, na época com 92 anos. O objetivo do artista é alcançado, ele consegui renovar a tatuagem do seu entrevistado. Acaba o vídeo e fico indignada, como ele pode fazer isso com uma pessoa que com tanta boa vontade lhe contava suas tristes memórias para contribuir com o trabalho do artista.
Cena de 80064
Na sala onde assisti a The game of tag e 80064 vejo duas entradas para uma sala mais escura que a que estava, lá vou assistir a Them. Neste vídeo Zmijewsk reúne quatro grupos com ideologias diferentes, e cada grupo conta com três membros. Tinha um grupo com nacionalistas, judeus poloneses, católicos e comunistas. O objetivo era que cada grupo criasse algo que representasse a sua ideia de Polônia. Após a criação eles poderiam eles poderiam interferir um no trabalho do outro. E daí surge o conflito. O artista queria mostrar que há dúvida no convívio tranquilo entre pessoas de doutrinas diferentes. 
 Cena de Them
Ao final da exposição fica claro que o Zmijewsk pretende tirar seu espectador do bem estar, mostrando que o mundo em que eles vivem não é perfeito. Com um jeito diferente ele trás a tona assuntos esquecidos. A polêmica é sempre sua companheira de trabalho.

sábado, 22 de maio de 2010

Um breve históra do rádio brasileiro

A primeira transmissão radiofônica no Brasil aconteceu no Recife, em 1919, entretanto a primeira emissora a se instalar no país foi a Rádio Sociedade do Rio de janeiro em 1923, fundada por Edgar Roquette Pinto e Henry Morize. Está rádio tinha um enfoque educativo e era destinada a elite, por ter um alto custo, já que para ter acesso ao conteúdo radiofônico o ouvinte tinha que pagar uma mensalidade.
Ainda na década de 1920, após o lançamento bem sucedido o rádio cresceu e expandiu-se por todo território nacional. Este sucesso não se restringiu apenas ao público, mas também atingiu o interesse dos publicitários que na década de 1930 com o decreto de lei nº 21.111, de 1º de março de 1932, ficou instaurado que cerca de 10% da programação estaria reservada à publicidade. Em busca de um maior público o rádio decide mudar sua linguagem, passando de erudita para popular, com o objetivo de alcançar o público de massa.
Com o passar do ano, o rádio perdeu seu caráter inicial de educar e passou a interesses mercantis, respondendo as necessidades de entretenimento e informação à população. Após isto o rádio perde a função informática e passa a manipular a opinião, também comum atualmente a outros veículos de comunicação.
Na década de 1930, surge no rádio a propaganda política, os programas de auditórios - que foram um marco na história radiofônica nacional - e é neste período que também surge a Voz do Brasil.
Mesmo com todo sucesso que vinha fazendo e com a conquista de um público de massa, o rádio na década de 1940 sofreu intervenção federal, com o forte controle social do governo.
Já o radiojornalismo brasileiro surge com o repórter Esso, o grande falado Tupi e o matutino Tupi. O repórter Esso era dono de grande crédibilidade, chegando ao ponto da população só acreditar em um determinado fato se o mesmo fosse contado por ele.
A decadência do rádio surge com a televisão, na no ano de 1950. Pois, muitos dos profissionais do rádio migraram para o novo veículo de comunicação. Como resultado, o rádio criou uma programação mais regional.
Os anos 1960, com a rádio Exelsior de São Paulo, surge a rádio com programação musical e as primeiras FM's.

Febre dos brechós virtuais

Tendências entre fashionistas, os brechós online chegaram para ficar

Sabe aquelas roupas que você herdou da sua avó e não ver utilidade ou aquele monte de roupa que você não usa mais, mas abarrotam seu guarda-roupas? A saída pode estar num brechó. E agora eles ganharam um novo suporte, a Internet. Comum nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, por lá existem as centenas, no Brasil chegaram há pouco mais de dois anos e já são sucesso entre mulheres de todas as idades. Por aqui é encarado como um hobbie rentável.
Esses negócios online se tornaram um meio fácil e econômico de passar adiante roupas não mais desejadas, esta foi a saída encontrada por Marília Amorim, dona do bazar Misericórdia criado há dez meses, "Eu tinha muitas peças no guarda-roupa que vi que não estava mais usando. Inclusive, algumas peças, que eu nunca tinha usado; ou que tinha usado uma única vez. Separei todas e deixei numa sacola para doar. Só que tinha muita coisa bem conservada. Minhas amigas iam na minha casa e viam a sacola e falava: 'Pode me doar essa peça'. Achei que seria uma boa ideia fazer um bazar virtual. Perguntei o que achavam e todas acharam uma boa ideia. Criei, então, o perfil no Orkut para expor as peças que tinha para as amigas olharem, acabou que o bazar foi se expandindo." e assim surgiu o Misericórdia.

 A divulgação é feita pela Internet, através de scrap e flyer.

Neste comércio a resposta do público é rápida, é Marília confirma, "Para mim seria o mais rápido e prático no momento. Online eu teria uma resposta rápida. Além de mais rentável. Não tinha dinheiro para investir em um espaço físico e toda sua estrutura.".
Os consumidores dos brechós também ganham com isto, já que não é fácil encontrar um brechó "físico" por perto e os virtuais existem aos montes. As peças podem ser enviadas a todos os cantos do Brasil e as clientes ainda tem a comodidade de comprar sem sair de casa.

 Marília investe na qualidade das fotos, para ela isto ajuda à venda.


Para as novatas no ramo, existem blogs e comunidades no Orkut que ensinam passo-a-passo e dão dicas de como montar um. Estes sites de relacionamento fazem a divulgação dos brechós e indicam os melhores pela qualidade do serviço e qualidade das peças, é o caso do blog Casa dos Brechós, lá você ficará por dentro dos melhores brechós que existem no mundo virtual.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Futurismo, movimento que surgiu para acabar com a monotonia e o comodismo da arte

O Movimento Futurista surgiu no ano de 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, no Le Figaro um jornal francês. Felippo Tommaso Marinetti foi quem o escreveu. O Manifesto dos Pintores Futuristas e o Manifesto Técnico dos Pintores Futuristas, de 1910, juntou os principais nomes do movimento: Carlos Carrà, Luigi Russolo, Gino Severini, Umberto Boccioni e Giocomo Balla. Estes três manifestos foram os primeiros de uma série escritos até 1924.


 Grupo Futurista: da esquerda para a direita Carrà, Russolo, Marinetti,
Boccioni e Sevetini.
 

O futurismo surgiu na literatura, mas não ficou resumida apenas a ela, agregando-se a diversas artes como as artes cênicas, criando a interação entre palco e plateia; cinema, era novidade para os futuristas; a música futurista era vista como "arte do ruido" e esta aí as raízes da atual música eletrônica; na literatura futurista  o uso de onomatopeias e linguagem espontânea era recorrente, era comum a ausência de potuação e cognitivos.

Com os fundamentos baseados na violência, nos avanços tecnológicos, queda do moralismo e no novo, como o trecho a seguir do Manifesto Futurista mostra, "A coragem, a audácia e a rebelião serão elementos essenciais da nossa poesia. Até hoje a literatura tem exaltado a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono. Queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, a velocidade, o salto mortal, a bofetada e o murro. Já não há beleza senão na luta(...)". De base ideológica anticlerical e anti-socialista, este era um movimento muito politizado, com afinidades com o fascismo italiano. A proximidade com o fascismo se dá pelo patriotismo e militarismo do movimento.

 Restos, 1911, de Carlos Carrà

A arte futurista buscava retratar movimentos reais em suas obras, e para isso retratavam seres humanos ou animais com múltiplos membros dispostos radialmente e em movimento triangular. Para facilitar a ideia de movimento, os futuristas faziam seus trabalhos com papel e vidro. Como inspiração buscavam as pesquisas de cor, nos efeitos de luz do pós-impressionismo e das técnicas de composição dos cubistas. Abstração, cores vivas, simultaneidade, dinamismo, contrastes e sobreposições estavam sempre presente na arte futurista.

 
                                                                                                                   


Solidariedade no Centro Hístórico de Olinda

Em meio aos casarões históricos e as ladeiras da cidade Alta de Olinda, a solidariedade fica por conta da Federação Espírita Olindense. Fundada em 1941 a federação assiste cerca de 200 mães e avós carentes dos bairros V8, V9, Peixinhos, Amparo e Varadouro. As doações são feitas pelos membros da federação e há muito comprometimento, como comenta Charles Bold, um dos coordenadores da campanha de doação de sopa "Ela contam com a gente, pois para muitas as nossas doações é a única fonte de conseguir alimentação". E é o que confirma Rosângela Silva, 22,  uma das mães assistidas pela campanha, "O centro é muito bom, por que nele conseguimos comida, sem essa ajuda não teríamos o que comer".
É grande o envolvimento dos membros em causas sociais, cerca de 70% dos membros participam de algum projeto social realizado pela federação. A doação de café, rara entre campanhas de doação de alimentos, acontece há muito tempo, segundo Rosângela a sua avó já recebia donativos da federação. As famílias também recebem doações de enxovais para bebês, fósforo, leite e pão e sopa aos sábados. 
Os trabalhos sociais da federação não se resumem a doação de alimentos. Desenvolvem também visitas ao Hospital do Câncer de Pernambuco e o Hospital da Mirueira, onde evangelizam e conversam com os pacientes e seus familiares, confortando-os.



A Federação Espírita Olindense
fica na rua: São Bento,281, Viradouro
Olinda-PE

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