segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Corredor leste oeste, criado para solucionar antigos problemas acabou gerando novos

Durante sua execução confusão, depois de pronto insatisfação da população

Criado com o intuito de desafogar o trânsito de ônibus e automóveis que circulavam pela Joaquim Nabuco e de se tornar um meio de ligação direta entre o Centro do Recife e a Zona Oeste da Cidade o corredor leste-oeste foi inaugurado em 31 de março de 2008, com três meses de atraso. Para que isto se tornasse possível, das 107 linhas de ônibus que circulavam pela Avenida Conde da Boa Vista 98 mudaram de paradas ou tiveram o itinerário alterado. 

            A criação do corredor custou 12 milhões de reais. Deu-se da parceria entre a Prefeitura do Recife e o Governo Estadual. Durante sua execução era causa do transtorno no Centro da Cidade, quase que em todos os horários do dia, e depois de pronto não foi diferente. Para amenizar as críticas a Prefeitura do Recife investiu em publicidade para esclarecer a finalidade e importância do projeto.

             Depois de inaugurado houve diminuição da frota de ônibus que transitavam pelo local, dos 814 restaram 664 e das 6.794 viagens feitas por dia passaram a 5.808. A transferência dos paradas de ônibus deixou muitas linhas com as paradas distantes, o vendedor Márcio Sant'Ana, 32, reclama “Antes a minha parada ficava aqui na frente da loja, hoje tenho que andar já cansado do trabalho, até a rua do Riachuelo”.
Uma das funções das obras era tornar as paradas modernas e confortáveis para a população, mas na opinião da dona de casa Eliene Fernandes, 47, não foi isso o que aconteceu “As paradas ficaram muito estreitas e ainda há dificuldade na visualização dos ônibus, já que eles param um atrás dos outros a possibilidade de passar sem que a gente possa vê-lo é grande” e complementa “A nomeação das paradas por letras complicou ainda mais”.  Ainda com relação às paradas a estudante Ingryd Félix, 19, fala da lotação nas parada “A gente tem que ficar prestando atenção para não cair quando for ver o ônibus, porque as paradas além se serem estreitas tem o batente alto e como tem gente sempre circulando temos que dividir a atenção entre os ônibus e quem anda ao nosso redor”. Não é só quem circula pela Av. Conde da Boa Vista que reclama, os motoristas que tem que passar pela Avenida Caxangá se queixam dos engarrafamentos, o administrador de empresas Fernandes Henrique, 28, diz que “Em horário de pico o trânsito daqui, que já costumava ser lento, piorou”.   

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